Foco, força e fé, Márcia.
Os gifs de academia são os melhores.
Eu sempre gostei de fazer exercícios, simplesmente ginástica, yoga, ou algo parecido sempre me atraia por ser esporte de fazer sozinha. Até da musculação eu gosto. Por ter sido a vida inteira magra e pequena, esportes como jogos com bola ou com equipes (times) sempre me deixaram em desvantagem física, e sendo aquela aluna de escola publica, onde os fracos não tem vez, eu sempre tomava bolada no nariz, quebrava o dedo, era atropelada por alguém na quadra… eu sempre me machucava. A ginástica artística, o balett, o jazz, me atraiam mais.
Ainda assim quando começamos a sofrer ameaça de bullying na rua minha mãe colocou todo mundo no judô. Eu gostava bastante e fui até a faixa amarela. Depois de adulta fiz ballet novamente, ginásticas variadas como jump, step, até mesmo aeróbica (quem lembra? Kkkkk), pilates, boxe por 2 anos, um pouco de capoeira antes de descobrir que estava grávida, natação…
Em 2002 comecei a praticar yoga regularmente e foram os melhores anos, de autoconhecimento e de descoberta de algo que vi que era físico e muito completo, mental e espiritual, e eu não consegui mais parar.
Em 2018 eu achei que não ia mais trabalhar como professora na área de design, pois o meu emprego da época estava pagando mal e quase falindo. Também não queria voltar a trabalhar em agências de design e publicidade, que era minha formação original. Pensei num plano B que sempre quiz fazer: um curso de instrutora de yoga. Acabei conversando com uma amiga que já tinha feito e a minha mãe me deu esse curso de presente. Foi muito bom pra mim, em diversos sentidos e me ajudou muito na vida pessoal. Fisicamente foi minha melhor fase. E aí senti que se fosse mesmo profissionalizar era necessário fazer academia junto, para cuidar do corpo sendo o instrumento de trabalho.
Melhorei a alimentação. Comecei a dormir melhor. Melhorei muito como pessoa.
Mas eu ia na academia odiando tudo.
Com o tempo peguei o costume de ir e senti meu corpo cada vez mais forte e resistente com a musculação. Nunca tive vontade de ser marombada ou musculosa mas me sinto viva e ativa quando faço. Mais forte e menos vulnerável fisicamente quando estou chateada. E peguei o embalo. Desde então nos últimos 6 ou 7 anos tenho feito regularmente. Fiz também curso para dar aula de yoga aéreo no tecido acrobático, que ainda pratico, e curso de anatomia para o yoga. Fazendo cursos mais aprofundados conheci muita gente legal e muita gente doida nesse meio do yoga, e tá tudo bem. Fui professora por 2 anos na academia e também em um estúdio de uma amiga. Dei aulas de yoga online durante a pandemia para vários amigos. Hoje eu pratico, mas odeio retiro e não concordo com muita coisa feita e dita em nome do yoga, inclusive lá na Índia.
Hoje eu vou à academia de final de semana quando quero ficar 1 hora ou mais comigo. Eu gosto deste tempo. Eu faço tudo tentando prestar atenção como presto no yoga aéreo ou no chão. Por isso não converso com ninguém. Mas sempre faço amigos porque sempre algum frequentador fala comigo.
Adoro a variedade de pessoas em academia de bairro, de todas as idades, gêneros e tipos físicos. Sigo não querendo ser marombada ou musculosa mas estou muito feliz por me sentir bem.
Tenho condromalácia patelar e uma protrusão na lombar que me atrapalham nesse modo fitness e muitas vezes me impedem de ser mais frequente, mas eu sigo e não desisto. Não tiro fotos lá, porque eu malho pra me sentir bem e não quero ficar dando satisfação da minha vida pros outros. Além disso estou sempre suando, acabada e sofrendo. Odeio correr, mas corro meia hora como aeróbico. Tenho apelidos para vários frequentadores que ninguém jamais vai saber, o que me diverte. E assim achei meu jeito.
E você, tem aquela Olivia Newton John escondida aí dentro, ou ainda não a encontrou? (pensa num clipe avançado pra época, né?)
Jan, estou na busca. Me encontrei um tempo no crossfit. Fui muito feliz na corrida há uns 10 anos. Nunca fiquei confortável em academia. Tenho encontrado paz no pilates e me divertindo na canoagem. A busca continua.
um beijo, Jan.